
Alzira Martins Appollo
Artista plástica
Alzira nasceu em São Paulo no bairro da Liberdade, no dia 6 de maio de 1930 e desencarnou em junho de 2020. Filha do protético Adolpho Martins de Oliveira e de dona Anna de Paula Oliveira, criou-se juntamente com seus três irmãos no bairro de Campo Belo onde a família foi residir em 1932.

O trabalho artístico foi a opção que Alzira fez face à sua vocação e carreira como pintora. Seus primeiros passos na trilha das artes plásticas foram promissores. Preferiu, porém, o trabalho anônimo na intimidade de seu ateliê e de sua família, para mergulhar com todo tempo disponível na pesquisa técnica, desenvolvimento temático e Hístória da Arte, para extrair os elementos que, ano após ano, foram construindo os degraus de um Novo Movimento, uma Nova Escola. Tudo isso aconteceu de maneira consciente, mas também de forma precognitiva.

Aos vinte e um anos ingressou na Escola de Belas Artes de São Paulo – Instituto Superior de Ensino Artístico (atualmente, Faculdade de Belas Artes de São Paulo). Funcionava na época, na Praça da Luz. O curso completo de seis anos foi concluído por Alzira em 1956.
A partir dos primeiros anos de curso, Alzira iniciou sua participação nos salões realizados pelo Centro Acadêmico na “Galeria Prestes Maia” onde recebeu seus primeiros prêmios, inclusive medalha de ouro, quando foram jurados Sérgio Milliet – crítico de arte famoso e o pintor Clovis Graciano. Nessa ocasião Milliet disse a ela: - “Sua arte é uma nova tendência, é metafísica”. Essa declaração a impressionou bastante.

Sérgio Milliet (1898 - 1966)
Em 1953 fez um curso de monitora e trabalhou neste mister na II Bienal Internacional de São Paulo - a do IV Centenário da Cidade - onde conheceu e conversou com diversos pintores famosos, entre eles Candido Portinari e Lazar Segall.
A criação do Pararrealismo em 1979 por Alzira Martins Appollo, foi o resultado de um projeto amadurecido, idealista, que o conhecimento teórico e o exercício pictórico lhe possibilitaram.
